quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Realismo!

Dos muitos mails em powerpoint que me enviam, recebi um que me ficou na retina e decidi guardá-lo no sótão.
São imagens da obra de um escultor australiano chamado Ron Mueck.
Sou completamente leiga no que toca a arte e o meu conhecimento é apenas ao "nível do utilizador" mas fiquei impressionada com o realismo das esculturas e o pormenor.
Na internet conseguimos encontrar várias imagens da sua obra, e aqui fica uma das que mais me impressionou. Intitula-se "pregnant woman" e é difícil acreditar que se trata de uma escultura!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Rumores

Correm notícias na internet de que os U2 vão fazer uma tourné no próximo ano, e que Portugal estará na agenda.
A ser verdade, é música para os meus ouvidos!
Sou fã dos U2. Na última vez que estiveram cá, com a Vertigo Tour, passei 22 horas na fila para conseguir o bilhete mágico.
Para mim, valeu a pena cada hora, a noite sem dormir, o frio, só para ter no meu "sotão" o concerto em alvalade (esta é mais uma prova do quanto gosto dos U2, ir a alvalade!).
Para já são rumores, mas a ser verdade, e ainda com a hipótese do concerto se realizar no estádio do dragão, só uma coisa me fará não estar lá...

Bono if you read this post before scheduling the tour, please remember me and my friends!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Citações

Um destes dias deu-me para colocar no google a palavra "citações" (influências da serie "Mentes Criminosas" que começa e termina sempre com uma citação) e fui dar a um site muito curioso e útil para quem quiser impressionar com um pseudo intelectualismo (como eu agora mas com uma palavra cara!) numa conversa, ou num engate. Tem citações para todos os gostos.
Confesso que os temas que procurei foram a amizade (para plagiar uma dedicatória bem catita para os postais de aniversário) e o Amor (para rebuscar o meu lado lamechas de adolescente que tinha bloquinhos de cheiro com coisas giras para escrever aos namoricos).
No meio da minha actividade exploradora, e na tentação de tirar alguns apontamentos, encontrei uma citação que me deixou a pensar:
"Amei e fui amado; tal basta para o meu túmulo"
Autor: Lamartine , Alphonse de
Não conheço o senhor dono desta frase, mas acho-o um sortudo! Haverá bem maior do que poder eternizar uma frase tão pequena mas tão grande em conteúdo?
Acho que nos podemos realizar de várias formas durante a vida, mas sentirmo-nos realizados no Amor, considerar que o que fica desta vida é que amamos e fomos amados, considero um privilégio e tenho pena que nem todos possam levar consigo esta riqueza.
Eu ainda sou uma rapariga nova (e enxuta!) e já me senti desgraçada por achar que era o fim e, se a vida tivesse banda sonora, tinha a Amália Rodrigues atrás de mim dias a fio! Mas também já "pus" a Amália em algumas vidas...
No entanto, mesmo quem passou e andou faz parte do que sou, e ajudarão a fazer sentido à última parte da citação!
Para a primeira parte, não é difícil quando na minha vida existem pessoas tão especiais e que tornam o sentimento "tão natural como a minha sede" (tomem lá mais uma para as notas!)

P.S.1 - Este post foi escrito ao som da música "Bleeding Love" da Leona Lewis (tirem as ilações que entenderem!)
P.S.2 - Para os mais curiosos: www.citador.pt

sábado, 23 de agosto de 2008

A minha avó Linda.

Hoje não é um bom dia.
Há cinco anos atrás a minha avó Olinda partiu.
A minha avó era muito bonita, tinha uns olhos castanho-escuros e umas pestanas grandes. Os seus olhos eram o espelho da sua alma. Usava o cabelo num "pucho" e tinha sempre a travessa que servia de pente para andar sempre arranjada.
Era uma pessoa que sempre foi habituada a trabalho duro e Vila-Chã era o seu mundo. Até para ir ao café na freguesia, quando se juntava a família, raramente nos acompanhava. Dizia que não ia ao café por um bocadinho de líquido numa chávena! Nunca foi mulher de expressar sentimentos, mas podíamos perceber o amor que nos tinha.
Comecei a sentir-me chegada a ela já na idade adulta pois, embora estivesse com ela frequentemente, como só a via de visita, não tínhamos uma relação muito próxima. Não me lembro quando nos aproximamos, mas lembro-me das nossas idas ao feira nova, das nossas conversas e dos seus desabafos, das idas à santa casa para mais um exame.
O primeiro momento de cumplicidade que me recordo foi num dia 1 de Novembro em que, no final das castanhas, fomos dar a tradicional volta ao cemitério (só eu e ela) e encontramos uma senhora, que nos perseguiu o tempo todo com um discurso repetitivo e começava sempre com "ó Sra. Ólinda"! A minha avó e eu bem tentávamos despistar a senhora mas, persistência não lhe faltava, e acabamos por nos render. Eu rendi-me às gargalhadas da minha avó que nunca mais se repetiram, ao pé de mim, daquela forma. Foi um óptimo momento com a minha avó Linda...
Tenho saudades do seu leite-creme, que "não tinha nada que saber" mas ninguém o faz como ela, e tenho saudades das suas batatas cozidas com grelos e chouriça farinheira, que costumo fazer à procura daquele sabor e não o encontro.
No meu aniversário, a menina mais especial na minha vida, a Sara Luís, ofereceu-me de presente um tesouro em forma de livro!
O livro é do autor/ilustrador Luís Silva e intitula-se "O livro da avó".
É uma pequena história sobre uma avó, a do autor, mas que em muito se assemelha à minha, embora a minha avó tenha sido a melhor do mundo.
Já começam a passar muitos anos e muitas vezes me apetece gritar bem alto:
"Avó Linda, fazes-me falta."

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Palavras!

Há palavras em forma de poesia que ficam, porque as achamos memoráveis e porque talvez, quem as escreveu, já tenha sentido o mesmo que eu:

As sem razões do Amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.

Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 16 de agosto de 2008

Amanhã faço anos!

Continuo a fingir o entusiasmo de ter um dia meu, mas já não o vivo da mesma maneira.
As pessoas mais próximas comentam o entusiasmo que tenho no meu dia de anos e até dizem que sou a "mulher das prendas" porque mal começava o mês de Agosto, bombardeava toda a gente com "ideias" para as prendas que me poderiam oferecer, ou fazia questão de lembrar várias vezes no mesmo dia que dia 17 era o dia.
Ainda não tive coragem de assumir que já não gosto de fazer anos.
Não sei quando deixei de gostar, mas associo a transição à entrada nos 30's, não por achar que estou mais velha, porque, apesar de estar, sinto-me muito bem com a minha idade e confesso até que estou melhor agora do que em alguns dos meus 20's.
A parte excitante em que me sentia mesmo especial desapareceu, deu lugar a uma angústia estranha e uma sensação de desânimo por já não sentir o mesmo.
Adorava receber presentes. Em casa dos meus pais, não havia "esconderijo" que escapasse e a expressão de surpresa ao abrir os presentes, era bem convincente! Massacrava as pessoas a pedir pistas e ficava a criar expectativas, que às vezes não eram superadas!
A vida vai sempre fazendo-me tirar a "prova dos nove" em relação a algumas teorias, a de que "nada é eterno" perdeu uns pontos na parte teórica...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O meu nome!


O meu nome foi inspirado numa personagem de fotonovela!
Na altura em que nasci, as ecografias não eram comuns portanto, inicialmente, tinha dois nomes possíveis, ou seria Ricardo ou Daniela.
O nome Ricardo ficou obviamente excluído no dia 17! Daniela também acabou por não ser opção porque a minha mãe, com 19 anos, deixava-se influenciar por maus presságios, passo a explicar: havia um senhor na minha aldeia com problemas de alcoolismo que se chamava Daniel...
Acho que a escolha do nome é uma grande responsabilidade, será "a nossa cara", será usado na escola para fazer rimas menos felizes, será usado com diferentes entoações pelos pais, para percebermos o carinho ou a fúria, ou para o ouvirmos de quem gostamos,da forma que mais ninguém o sabe dizer.
Os meus pais sempre me trataram pelos dois nomes (daí eu perceber desde cedo a diferença na entoação) e até há bem pouco tempo, sempre que me pediam o 1º e último nome, dava sempre o 1º, o 2º e o último, porque para mim é um só.
O meu nome foi escolhido pela minha mãe. Na época em que nasci, só havia um canal de tv e na moda estavam as fotonovelas (para quem nunca viu nenhuma, é uma revista aos quadradinhos com autênticas novelas mexicanas). Não me recordo como se chamava a fotonovela que me "deu" o nome, mas contava o "drama" de uma mulher com uma filha, que tinha sido abandonada pelo marido, que entretanto voltou, pediu perdão e tiveram um final feliz!
Eu sou homónima da mulher abandonada...
Dizem que o nome influencia a personalidade, eu acredito na teoria, nos dias em que me sinto mais dramática e em que tudo à minha volta é tal qual novela mexicana! Não acredito no outros dias, em que o meu nome sai da boca das pessoas com carinho, com amizade, com ternura e com amor.
O meu nome é a minha cara e ainda bem que o sr. da minha aldeia era alcoólico:)