sexta-feira, 19 de maio de 2017

Os meus dias sem ti III

Chegará o dia em que será exactamente isto que te quererei escrever:

"Eu tive que trancar minha porta, pois sabia que se abrisse eu não iria me conter e iria atrás de você para te fazer me ouvir. Mas foi tanto tempo sozinha, encarando as paredes que comecei a me perguntar se você vale mesmo todo esse sufoco. (...)

Faz tempo que eu quero te dizer, mas você me disse outra vez que estava ocupado e depois a gente conversava. Mas o depois nunca chegou e não deu mais para esperar o dia em que você me fosse olhar e realmente me ver. Eu já não tenho mais tempo para te dizer. Te digo, então, que eu sinto muito por você ter sentido tão pouco e que dessa vez sou eu quem não vai estar atrás de porta alguma que você bater. Eu já não tenho mais tempo algum. Tenho pressa em sair desse sufoco.
Só posso terminar dizendo que eu sinto muito, só que dessa vez não sinto por mim, sinto muito por você."
(Resiliência Humana - Facebook)




quinta-feira, 18 de maio de 2017

Os meus dias

Os dias vão passando e a cada nova etapa, são mais as desculpas do que as razões para enfrentar "o touro pelos cornos".
Existem momentos dolorosos que questionam a nossa capacidade de continuar, que nos impedem de ver luz e agradecer as coisas boas da nossa vida.
Pensamentos que doem tomam conta de nós, tornam-nos cinzentos e incapazes de sabermos de nós.
Perdemo-nos do caminho, numa exaustão de sofrimento e desânimo.
O caminho mais fácil torna-se o de respirar apenas e viver de forma automática,
agarrando-nos um passado que traz dor e desalento.
Tenho lutado pelo "hoje", tenho desafiado a minha capacidade de viver um dia de cada vez com a esperança que em cada dia há sempre alguma coisa para apreciar, para agradecer.
Quero e preciso agradecer. Quero e preciso seguir o meu caminho mesmo sabendo que o "eu" de ontem pode não ser o de hoje.
Não quero nem posso é desistir. Por isso, preciso agarrar-me à realidade de que o "hoje" vai ser bom, que o "ontem" correu como teve que correr e que o "amanhã" logo se verá.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Os meus dias sem ti II

Arranca-te de mim.
Deixa-me viver sem ti e sentir que é possível.
Apaga esta tristeza que me faz saber que não te tenho.
Habitua os meus dias a serem sem ti dentro de mim, sem viveres em mim consumindo-me por dentro de tanto te querer.
Deixa que te diga adeus, deixa-te ser um ponto final e que eu veja uma nova página sem fazeres parte dela.
Quero não te querer, quero não sentir a tua falta, quero viver vazia de ti e do tudo que me és.
Faz-me renascer não te querendo, ajuda-me neste caminho que não consigo fazer sozinha. Preciso de ti para deixar de te amar.
Ajuda-me e Arranca-te de mim.

domingo, 14 de maio de 2017

Finalmente, Salvador Sobral!

O Salvador Sobral ganhou o festival da eurovisão.
A primeira vez que me "deram" a música a ouvir, foi sem imagem. À primeira impressão, um arrepio numa letra que diz muito sobre o amor.
Voltei a ouvi-la, acompanhada pela imagem do Salvador e dos seus trejeitos, que no início confesso, estranhei.
As vezes seguintes, em que ouvi a música até a saber de cor, foram-se entranhando as palavras, pelo muito que iam de encontro ao que eu gostaria de dizer a alguém.
Na noite da final, o silêncio de uma plateia de várias línguas, as lágrimas e emoção de quem apenas percebia a melodia, fizeram-me aumentar a crença de tinha chegado a vez de Portugal.
Confirmou-se! O Salvador Sobral ganhou e ganhou a Luísa Sobral e todos que estiveram envolvidos naquela aventura e "atrevimento" de levar uma canção simples, numa voz tão límpida e cantada na língua mãe.
Portugal nunca tinha ganho. Foi uma longa mas definitivamente justificada espera porque ganhar desta forma faz todo o sentido.

P.S. Acredito que se possa "voltar a aprender"...

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Os meus dias sem ti

Ensina-me.
Explica-me como passar os dias sem sentir a tua falta.
Ensina-me a não passar os dias à procura do teu cheiro, de algum restinho que tenha ficado no meu corpo.

Explica-me onde vou buscar a falta de amor por ti. Onde encontro a falta de dor quando me lembro da tua facilidade ao dizeres que sim ao meu “vamos embora”
Ensina-me a não ter esta angústia de querer chegar a ti, de querer saber como estás e não correr o risco de ouvir da tua boca (que falta sinto da tua boca) que não sentes a minha falta.
Explica-me como é que o tempo passa sem quereres saber como estou, ou que o deixas passar em silêncio para que não haja em mim réstia de esperança que não foi um ponto final.
Ensina-me, explica-me com as tuas palavras, com a tua presença e com o teu olhar, mas por favor tem o cuidado de o fazer apenas com o amor que eu não desisto de querer que tu sintas. E nesta parte continuo a não querer que me ensines ou expliques se eu não estiver certa.