segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

De herói, a ficção!

Tenho ouvido falar da desgraça, a pique, em que caiu o ex-ciclista Lance Armstrong.
Ontem vi a entrevista que a Oprah Winfrey lhe fez e fiquei com uma opinião bastante ambígua em relação à pessoa que ali estava sentada.
Nunca acompanhei o senhor, mas era impossível não ouvir falar quer do homem, conhecido por uns como arrogante, pretensioso e pessoa de quem não se gosta, e por outros como exemplo de força, de perseverança, de ambição, de lutador, quer do ciclista, considerado um campeão, digno do Monte Olimpo, onde só os melhores têm lugar.
Pela impressão que tinha do que via, nunca foi pessoa que me inspirasse qualquer empatia, achando-o bastante arrogante e uma "vedeta" que "tinha a mania". Ontem não mudei de opinião e acho que realmente é um homem que tem um longo "processo" pela frente, quer com ele, quer com todas as pessoas a quem fez tanto mal.
Não me parece que o seu nome na história alguma vez fique associado ao que quer que ele tenha feito de genuinamente bom porque o mau parece-me ter sido muito mau.
Os documentários que até agora se fizeram sobre o herói, penso que serão substituídos pelos que desenvolverão a fraude, as mentiras e a inglória.
A ambiguidade que me ficou da entrevista centra-se no lado de pai, que terá que enfrentar os filhos e fazer dele pessoas fortes e capazes de seguirem os seus sonhos, sem passar por cima de ninguém e sem se deixarem perder, como o próprio assume que lhe aconteceu.
O que me fez mesmo pensar, e me levou a fazer este post, foi uma notícia que li hoje no "sapo" e que diz que "uma biblioteca de Sidney transferiu todos os livros do ciclista para a secção de ficção, depois do atleta ter confessado que consumiu substâncias dopantes".
Aqui sim, uma verdadeira evidência que para a história não ficará um homem ou um ciclista mas um "personagem" de ficção que afinal nunca existiu!

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