sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Liberdade de escolha, ou talvez não!

Em pouco tempo, tenho-me deparado com tipos de mentalidade que me provocam arrepios e que me mostram que não há idade para nos apercebermos de quão naif ainda somos.
Fico incrédula com a facilidade com que pessoas fazem juízos de valor e se detêm como donos de verdades absolutas, tentando manter um diálogo quando se percebe claramente de que a intenção é dar a conhecer ao público alvo um monólogo bem ensaiado e oco, de vaidade e sapiência una.
Pessoas que se julgam donas da verdade, para mim não são donas de coisa alguma que valha a pena ter em conta.
Denoto mudança no meu comportamento perante esse tipo de pessoas, pois tenho-me instruído para respirar fundo e não entrar em debate, recusando-me sequer a argumentar com o meu ponto de vista.
Ontem assisti a uma conversa em que um dos intervinientes é a razão deste meu desabafo. Falava-se sobre a medida aprovada pela maioria e PS de deixar à escolha do trabalhador privado receber ou não os subsídios em duodécimos.
Na opinião do interviniente "dono da verdade" não é correto as pessoas poderem escolher e muito menos concorda com os que pretendem escolher continuar a receber pelo sistema antigo. Na sua, bem audível opinião, quem não quer receber em duodécimos é porque não sabe gerir o dinheiro e precisa que a empresa o "guarde", logo é irresponsável e infantil, porque as pessoas têm que saber poupar.
Nas refutações de que "cada caso é um caso", insurge-se a "sabedoria mor" de que não é de todo assim, e continuam as pérolas masoquista de alguém que nunca precisou de contar tostões e de que só tem que escolher o melhor investimento para aumentar, a já farta, conta bancária. Sim isto também é um juízo de valor, sim também os faço e, neste caso com sarcasmo exacerbado pela incredulidade que me provocou este comportamento.
No meu caso pessoal, a pretensão é de receber o subsídio em duodécimos, portanto, não fui uma das atingidas, mas confesso que a falta de humildade de nos colocarmos no lugar dos outros ou pelo menos ter essa sensibilidade, deixa-me indignada e tolha-me o raciocínio para me conseguir pôr no lugar de pessoas assim!

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